Tudo o que mudou na Língua na Portuguesa
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 2009 foi elaborado para uniformizar a grafia das palavras dos países lusófonos, ou seja, os que têm o português como língua oficial. Ele entrará em vigor a partir de Janeiro de 2009. Os brasileiros terão quatro anos para se adequar às novas regras. Durante esse tempo, tanto a grafia hoje vigente como a nova serão aceitas oficialmente. A partir de 1 de Janeiro de 2013, a grafia correta da língua portuguesa será a prevista no Novo Acordo Ortográfico.
Alfabeto da língua portuguesa A língua portuguesa passa a reconhecer o “K“, “W” e o “Y” como letras do nosso alfabeto, aumentando o número para 26 letras. Esta regra servirá para regularizar o uso dessas letras no nosso idioma.
Exemplo: km e watt.
Regra das Tremas As saudosas tremas foram abolidas da língua portuguesa. Você nunca mais precisará usá-las, a não ser para casos específicos, como o uso em nomes próprios.
Exemplo: tranquilo e cinquenta.
Regra da Acentuação
Hiatos terminados em “oo” e “ee” não são mais acentuados.
Exemplo: leem e voo.
Ditongos abertos em paroxítonas não são mais acentuados.
Exemplo: ideia e jiboia.
Ditongos com “u” e “i” tônicos não são mais acentuados.
Exemplo: feiura.
O acento continua em ditongos abertos em monossílabas, oxítonas e terminados em “eu“.
Exemplo: chapéu.
O acento em palavras homógrafas foram eliminados, com exceção no verbo “poder”
no passado) e “pôr”.
Exemplo: pelo, para, pôde.
Não acentua-se mais o “u” em formas verbais rozotônicas precedido de “g” ou “q” antes de “e” ou “i“.
Exemplo: apaziguar e averiguar.
Regra das Grafias Duplas Para palavras onde a fonética é ambígua, como é o caso de Roraima, pode-se usar acentos da melhor forma que lhe convém.
Exemplo: Rorâima e/ou Roráima.
Regra das Consoantes Mudas Todas consoantes que não são pronunciadas, tais como exacto e óptimo, não serão mais usadas. O Brasil já adora esta regra há várias décadas.
Exemplo: óptimo e objectivo.
Regra do Hífen
Não utiliza-se mais hífens em palavras compostas cujos prefixos terminam em vogal seguida de palavras iniciadas com “r” ou “s“. A mesma regra serve para prefixos que terminam em vogal e palavras que começam com vogal.
Exemplo: contrassenha e autorretrato.
Mantem-se o hífen para prefixos terminados em “r” onde a outra palavra também começa com “r“.
Exemplo: super-racional.
Utiliza-se hífen quando a palavra começa com a mesma vogal que o prefixo termina, com exceção do prefixo “co“.
Exemplo: anti-inflamatório.
O hífen mantem-se em palavras que não possuem ligação em comum. A mesma regra aplica-se para prefixos “vice“, “ex“, “pré“, “pró” e “pós“.
Exemplo: beija-flor.
Não utiliza-se mais hífens em palavras compostas por substantivos, adjetivos, verbais, pronomes, etc.
Exemplo: sala de jantar.
Por: Janine Oliveira, Dayana Melo e Cledja Barbosa